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Júlia Lopes de Almeida

Júlia Valentim da Silveira Lopes de Almeida (Rio de Janeiro, 24 de setembro de 1862 — Rio de Janeiro, 30 de maio de 1934), filha de imigrantes portugueses bem instruídos, recebeu uma educação sofisticada e liberal, considerada avançada para os padrões femininos da época. Desde os sete até os 23 anos, residiu com a família no interior de Campinas, em uma fazenda, onde, apoiada por seu pai, publicou seus primeiros textos no jornal do local. Em 1886, viajou para Lisboa, onde permaneceu por dois anos e se casou com o português Filinto de Almeida. Lá publicou seu primeiro livro de contos, Traços e Iluminuras. Posteriormente, fixou residência com a família no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, onde criou seus filhos e promoveu uma série de eventos culturais para a elite intelectual carioca, tendo sido, inclusive, uma das idealizadoras da Academia Brasileira de Letras (apesar disso, nunca pôde assumir uma cadeira na Academia, que à época não aceitava mulheres). Publicou mais de 30 títulos entre romances, livros de contos, crônicas, livros infantis etc. Escreveu por mais de 30 anos para os principais jornais do país e participou ativamente da vida pública de sua época. Era abolicionista, defendia a educação feminina e a emancipação por meio do trabalho.

Testemunha da vertigem: o olhar de Júlia Lopes de Almeida
sobre um Rio de Janeiro em (re)construção

Flávia Marçal Meslin
Carmem Lucia Negreiros de Figueiredo Souza 

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Agradecemos ao artista plástico Gabriel AV as fotos de Covilhã.