José Saramago (Azinhaga-Portugal, 1922 – Lanzarote-Espanha, 2010), um dos escritores mais importantes da história da literatura portuguesa, é autor de mais de 40 títulos, além de crítico literário, teatrólogo, ensaísta, jornalista e dramaturgo. Antes de dedicar-se exclusivamente à escrita literária (1976), trabalhou como serralheiro mecânico, funcionário público nas áreas da Saúde e da Previdência Social, diretor literário de uma editora, jornalista e tradutor. Contribuiu ainda como cronista em revistas e jornais, tais como a Seara Nova, o Diário de Lisboa, A Capital e o Jornal do Fundão. Em 1975, exerceu a função de diretor-adjunto do Diário de Notícias. Lança, em 1980, o romance Levantado do Chão, primeiro êxito de público e de crítica e que inaugura o conhecido estilo saramaguiano, caracterizado pela interligação entre os discursos direto e indireto e pela subversão das regras sintáticas e da pontuação. Seu terceiro romance, Memorial do Convento, sua obra mais célebre, é publicado em 1982. O livro, igualmente acolhido pela crítica literária, foi responsável por sua consagração como romancista. Publicou ainda os romances O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984, Prémio do Pen Clube Português, Prémio da Crítica, Prémio D. Dinis, Prémio Grinzane-Cavour, Prémio do jornal The Independent), A Jangada de Pedra (1986), História do Cerco de Lisboa (1989), O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991, Grande Prémio do Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores), Ensaio Sobre a Cegueira (1995), Todos os Nomes (1997), A Caverna (2000), Caim (2009), dentre outros. Saramago é o único escritor de língua portuguesa a vencer o Prêmio Nobel de Literatura, recebido em outubro de 1998.