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António Botto

António Tomás Botto (1897 – 1959) foi um poeta, contista e dramaturgo português. Nasceu no Casal da Concavada, concelho de Abrantes e mudou-se para Lisboa ainda criança, indo residir em Alfama. Sua obra mais conhecida é Canções, publicada primeiramente em 1921, tida como um marco na lírica portuguesa pela sua novidade e ousadia, em que o desejo homoerótico foi retratado de forma bastante ousada para a época. O livro causou grande escândalo e ultraje nos meios conservadores da época, que o consideravam imoral, principalmente após a notoriedade alcançada pela nova edição da Editora Olisipo de Fernando Pessoa, de 1922. Além de Canções, Botto também publicou Motivos de Beleza (1923), Cartas que me foram devolvidas (1932), O Livro do Povo (1944), Ódio e Amor (1947), Ainda não se escreveu (1959) e outros livros de poemas, contos e peças de teatro. Também possui livros de literatura infantil, como O Livro das Crianças (1931), que foi traduzido e publicado na Irlanda. Em 1947, migra para o Brasil, em busca de tentar reaver o sucesso de sua carreira literária, que já se encontrava em declínio desde começos da década de 1940. No Brasil, teve uma atuação bastante modesta, mas publicou os livros Regresso (1947) e Fátima – Poema do Mundo (1955), seu último momento de relativo destaque de crítica e público. Morreu em 1959, atropelado por um veículo do exército brasileiro no bairro de Copacabana, após enfrentar anos de doença e pobreza no Brasil. No mesmo ano de sua morte, é publicado o livro Ainda não se escreveu, mediante a atuação de amigos brasileiros que reuniram o material.

Deambulações pelas ruas de Lisboa, com António Botto
Oscar José de Paula Neto
Viviane da Silva Vasconcelos

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Agradecemos ao artista plástico Gabriel AV as fotos de Covilhã.