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Cora Coralina

Cora Coralina (Goiás, 1889 – Goiânia, 1985) é o pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, sendo o último seu sobrenome de casada. A autora lançou seu primeiro livro, Poemas dos becos de Goiás e estórias mais (1965), aos 75 anos, mas desde a mocidade escrevia contos e crônicas. De 1911 a 1956 viveu no estado de São Paulo, onde criou seus filhos. Nesse período, não abandonou a literatura, dedicando-se sobretudo à escrita de crônicas. Mas foi quando voltou para Goiás, já viúva, sexagenária e sozinha, que ela escreveu a melhor e maior parte de sua obra; uma obra que se centra não prioritariamente no que a escritora viveu no estado de São Paulo, mas na cidade que ela reencontrou, no que ela viveu e ouviu contar antes da longa viagem. Além de escrever, fez, durante 14 anos, doces de frutas para vender, de onde veio a imagem disseminada pelo país da doceira e poetisa. Além de Poemas dos becos, destacam-se, entre suas publicações mais importantes, os livros de poesia Meu livro de cordel (1976) e Vintém de cobre: meias confissões de Aninha (1983), e os de prosa, publicados postumamente, Estórias da casa velha da ponte (1985), deixado preparado pela autora, e Tesouro da casa velha da ponte (1996), além do misto de prosa e verso Villa Boa de Goyaz (2001). Entre as homenagens e troféus recebidos, destaca-se o Juca Pato, em 1984, conferido pela primeira vez a uma escritora.

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Agradecemos ao artista plástico Gabriel AV as fotos de Covilhã.