História, arquitetura e paisagem

História, arquitetura e paisagem

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História, arquitetura e paisagem

O texto Uma viagem a Portugal com José de Saramago, escrito por Tereza Tavares, destaca um trecho da obra Viagem a Portugal de Saramago: Esta é a Casa da Câmara, românica, construída no tempo de D. Dinis. O viajante prepara-se para protestar contra o chafariz que ali foi posto por D. João V, mas emenda o rompante, vê como o românico digeriu e absorveu este barroco, ou como o barroco se deixou sujeitar ao românico que tinha chegado primeiro”. Junte-se o pelourinho, manuelino, e estão aqui três épocas: os séculos XIII, XVI e XVIII. Sabiam trabalhar a pedra esses homens, e respeitar o espaço, quer o próximo, quer o distante, não fosse assim e teríamos aqui grandes e incontáveis brigas arquitectónicas (SARAMAGO, José. Viagem a Portugal. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, p 213-214). Dessa maneira, notamos que a paisagem descrita pelo escritor, primeiro Prêmio Nobel de Literatura para autor de língua portuguesa, é marcada pela junção de arquiteturas de diferentes tempos, destacando-se a história que foi materializada na paisagem com as formas arquitetônicas.

Sugestões temáticas:
  • Apreciação da paisagem como reflexo da história
  • A arquitetura como herança histórica
  • Paisagem como resultado de uma construção cultural
Possíveis linhas de abordagem:
  • Relação entre paisagem, arquitetura, história e cultura.
  • A paisagem como resultado do cruzamento de tempos e de heranças culturais
Abordagens literárias:
  • Leitura e análise: como pontuou Tereza Tavares, José Saramago, em seu livro Viagem a Portugal (1981), aborda as paisagens de Portugal, sob diferentes ângulos históricos e culturais e sob uma perspectiva que muito se afasta da tradicional apresentação de lugares nos guias turísticos. Por essa via, sugerimos uma atividade de leitura da obra de Saramago ou de trechos, observando os elementos que são destacados pelo narrador na descrição das paisagens.
  • Produção textual: sugerir uma atividade de produção textual que traga à tona uma visão humanista dos espaços paisagísticos observados, evocando a memória, os elementos sensórios e apontamentos críticos. Será uma boa oportunidade para abordar os relatos de viagem.
PARA AMPLIAR:

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Agradecemos ao artista plástico Gabriel AV as fotos de Covilhã.