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Deambulações pelas ruas de Lisboa

Deambulações pelas ruas de Lisboa, com

António Botto

Lisboa, a mais gentil, a portuguesa
E nobre capital de um povo grande
No sofrimento e na resignação,
Estava ainda preguiçosa e lenta
No acordar dessa manhã de outono
Que eu vou tentar fixar nesta canção.

Fragmento do poema “No Castelo de São Jorge”.
In: BOTTO, António. Poesia. Lisboa: Assírio & Alvim, 2018, p. 401

A obra de António Botto é marcada por inúmeras referências a Lisboa, que apontam para uma cartografia urbana pautada por alusões a ruas e lugares conhecidos da cidade e principalmente pelas paisagens dos bairros populares, marcadas por vielas vazias e becos escuros, ocupadas pela população pobre lisboeta. Tais imagens contrastam com as belezas naturais e arquitetônicas, de onde há o elogio recorrente dos costumeiros elementos que sedimentam a cultura portuguesa, como a forte relação com o mar e com o rio Tejo. Por isso, podemos perceber que, na poesia e na prosa de Botto, há uma relação mútua da Lisboa marítima, histórica, nostálgica e bela, com a sua outra face: atrasada, pobre, analfabeta, melancólica e obscura. Ainda, tais contrastes são atravessados, muitas vezes, por uma trilha sonora que ecoa o fado, as cantigas e as canções populares, que tanto influenciaram a poética do escritor.

De forma geral, quando se reflete acerca da poesia de António Botto, destaca-se apenas o aspecto homoerótico de sua produção literária, deixando de lado uma boa parte dos textos do poeta que indicam outros caminhos de criação artística. Um deles é a preocupação com as representações de Lisboa e dos seus habitantes, principalmente os das camadas populares, as quais transparecem as suas relações com o espaço urbano, em que o escritor discorre sobre alguns dos problemas sociais que afetavam as pessoas da capital. Assim, Botto deu relevante atenção aos mendigos, às prostitutas, aos operários, às famílias pobres e suas dificuldades de subsistência, aos marinheiros, aos homossexuais, e outros tipos sociais comuns, quase sempre marginais, que ocupavam as ruas, as vielas e becos, as praças, as tabernas e cafés, a região portuária, as bicas e chafarizes, tanto na desordem da cidade diurna, num ambiente apinhado de gente indo e vindo em todas as direções, quanto no soturno ambiente solitário da cidade noturna.

Rossio (Praça de D. Pedro IV) na década de 1940.

Para tanto, uma leitura mais detida de alguns dos poemas publicados em duas obras de Botto da década de 1940 revela de forma mais eficiente a sua preocupação com o aspecto social e como esse dado se inscreve na paisagem do ambiente urbano lisboeta. Em O Livro do Povo, de 1944, e Ódio e Amor, de 1947, conhecemos a cidade através dos olhares de sujeitos poéticos que deambulam por Lisboa e entram em contato com seus habitantes, cujos trajetos pelas ruas, pelos estabelecimentos, pelos monumentos e por outros espaços conhecidos da capital informam uma cartografia do espaço geográfico da cidade, que revela as subjetividades e as intenções de indivíduos que cruzam as ruas com olhares curiosos, instigantes e desassossegados com as disparidades sociais e com as transformações desiguais das metrópoles. Em Ódio e Amor, ainda há poemas onde são narradas as experiências do eu lírico por outras urbes europeias, onde vivencia sensações diversas nos nevoeiros de Paris, nas neblinas de Londres e nas fontes de Roma. Ou seja, é uma obra em que a questão da localização espacial é um dado importante para a construção dos textos, pois apresenta um número considerável de referências a lugares específicos das cidades, com nomeações diretas a logradouros, e descrições de conhecidos espaços de sociabilidade, como cafés, tabernas e praças, sobretudo da capital portuguesa, local de onde partem os olhares dos personagens apresentados pelo poeta.

Cabe destacar que os dois livros partilham de dez poemas que foram publicados em ambas as edições, com algumas alterações de títulos e outras variações mais pontuais, como modificações na pontuação e na disposição de alguns versos, mas nada que altere a composição semântica dos textos. Após a leitura das duas obras, percebe-se que elas compartilham preocupações muito próximas desse momento específico da escrita de Botto, que parece muito interessado em narrar experiências no ambiente urbano como não havia realizado ainda de forma tão intensa quanto neste período.

Um dos poemas publicado em Ódio e Amor que apresentou mais alterações em relação à versão original publicada anteriormente foi “Lisboa”, que apareceu com o primeiro título de “Lembrança e Louvor”. No poema original, tal como o título já explicita, há uma grande carga saudosista no texto, em que o eu lírico ressalta as memórias da infância na pobre escola onde aprendeu as letras e o bairro onde viveu e brincou quando criança, Alfama, uma das localidades que aparecerá com mais frequência na obra de Botto, como trataremos mais à frente. Já a reescrita do poema, para além da nostalgia, concentra-se mais na apresentação das várias Lisboas possíveis que compõem os afetos do sujeito poético perante o lugar que conhece tão bem, na construção de imagens contrastantes, as quais ressaltam o que há de melhor e de pior na cidade:

Lisboa, berço da força
Cais das grandes aventuras
Onde embarcaram aqueles em madrugadas escuras
E em barcos de uma só verga
Navegando sem receio
De que o mar na sua fúria
Partisse de meio a meio
A frágil embarcação
[…]
Lisboa desmazelada
Sem garbo, sem atitude,
E sem compostura séria;
[…]
Ó Lisboa dos mendigos
E dos velhos sem asilo;
Lisboa do céu azul
E onde o Tejo é mais tranquilo.
Lisboa de bairros tristes,
Humilde, religiosa
Sem fundos de convicção,
Lisboa do meu amor,
Essa maldita paixão.

Fragmento do poema “Lisboa”. In: BOTTO, António. Ódio e Amor. Lisboa: Ática, 1947, p. 39.

Como podemos ler no trecho do poema destacado, Botto vai revelar uma série de imagens onde se coadunam a grandeza da história marítima, heroica e expansionista de Portugal com a cidade mais prosaica, subjetiva e afetiva, mais ligada às sensibilidades do sujeito poético e sua forma de compreender a cidade. O fado, as guitarradas, as tascas, a boemia, a vadiagem, o caos da cidade, e muitos outros aspectos, aparecem nesta cidade marcada por contradições, afetos e complexidades das mais diversas. Destarte, serão apresentadas várias possibilidades de apreensão de Lisboa, que não excluem umas às outras, mas que anunciam as heterogêneas faces da cidade, na qual despontam “A Lisboa das zaragatas/ Por qualquer coisa e por nada”, “A Lisboa dos pátios sujos/ Onde se ralha e se dança/ Até romper a alvorada”, “A Lisboa da garotada/ Jogando a bola nas ruas”, “A Lisboa dos chafarizes/ Onde a água é um cantar de nautas e mareantes” e outras que perpassam o eu lírico que conhece profundamente a cidade em sua diversidade, que é capaz de enxergar uma “Lisboa rica de timbres”.

Rua da Adiça, Alfama. Em 1915, a família de António Botto mudou-se para este logradouro.

Outra característica importante de alguns dos poemas dos dois livros, que já aparece como um elemento frequente na poética de Botto desde Canções, é a presença de sujeitos poéticos que se comportam como flâneurs em suas andanças pela cidade, os quais observam atentamente os comportamentos e práticas dos vários tipos sociais habitantes da paisagem lisboeta, os quais evidenciam as marcas que compõem os detalhes dos quadros urbanos traçados pelo poeta. A partir disso, podemos perceber a influência de vários escritores do século XIX, tal como Cesário Verde em Portugal, que aparece na concepção de um eu lírico marcado pela curiosidade e pelo olhar atento para o ambiente urbano e para as pessoas que o ocupam, os quais muitas vezes tornam-se elementos importantes para a construção de determinadas imagens, tal como as prostitutas nos recantos escuros; os velhos, mendigos e bêbados que vagam nas ruas desertas da noite lisboeta; os marinheiros que cruzam os bairros a fim de ocupar o tempo livre na cidade onde estão aportados. Um bom exemplo desta flânerie pode ser lida no poema “Reportagem”, que aparece sem grandes alterações nos dois livros:

Aborrecido, passeio
Pelas ruas da cidade.
Deixei, agora, o Rossio
E atravesso o Borratém.
Deu meia-noite pausada
No Carmo… Um amigo meu
Passa e tira-me o chapéu.
Páro a um esquina, Esmoreço
Numa saudade que surge
Dentro de mim não sei como:
– Uma saudade infinita,
Misto de choro e revolta.
[…]
Meto à Rua do Amparo
A perguntar se esta vida
Não terá finalidade
Menos sórdida e banal?
Atafonas. Uma Igreja.
Mais acima o Hospital.
Um marinheiro propõe
A esta que atravessou
A rua do Benformoso
Irem tomar qualquer coisa
Na Leitaria da Guia.
Ela, pára. É uma catraia
Que, talvez, não tenha ainda
Dezesseis anos. Bonita.
Junto à Praça da Figueira,
Corto à Rua do Fanqueiros
Já um pouco estropiado!
Acendo um cigarro. A noite
Lembra um fantasma assustado!
Chego ao Terreiro do Paço.
O Arco da Rua Augusta
Parece mais imponente
Na minha desolação.
[…]

Fragmento do poema “Reportagem”.
In: BOTTO, António. Ódio e Amor. Lisboa: Ática, 1947, p. 67.

Rossio (Praça D. Pedro IV), sem data.

No poema podemos perceber que o sujeito poético, narrador das andanças no centro da cidade, passeia sem rumo aparentemente definido pelas ruas à medida que vai encontrando com uma série de personagens que habitam este espaço noturno. Neste périplo pela Lisboa da madrugada, o narrador localiza o leitor em seu caminho em direção ao cais, no qual destaca uma série de ruas e de locais reconhecíveis e encontra um amigo, uma prostituta, um marinheiro, um policial, três funcionários da limpeza urbana, uma gata, uma carroça que leva hortaliças, um guarda-fiscal, um velho catador. Todos esses tipos frequentemente surgem nas perambulações presentes na poesia de Botto, como se estes grupos fossem elementos indissociáveis do espaço citadino, principalmente quando remete à cidade noturna nas “horas mortas”, expressão que tantas vezes aparece nos poemas ao longo dos livros. Outro ponto a se destacar é o estado de espírito do eu lírico, que encontra na rua uma forma de atenuar o seu ânimo, já que inicia o poema aborrecido, revelando ao longo dos versos uma inquietação marcada pela saudade e pela revolta. Sua cisma e seu desconsolo contrastam com o nascer do dia que começa a surgir e acordar a cidade para mais um dia da rotina cotidiana.

As ruas vazias de Lisboa serão paisagens recorrentes na poesia de António Botto.

O poema “Canção musicalmente fria”, de O Livro do Povo, também atesta um sujeito poético inquieto no seu quarto e que sai à rua para tentar amainar o seu desassossego no ambiente externo. Desta vez, a deambulação, de olhar atento e irrequieto, do eu lírico se dá à luz de uma gélida manhã, iniciada nas primeiras horas do dia, no decorrer do qual o espaço urbano está começando a ser ocupado pelos operários, pelos transeuntes e por outras figuras que cruzam o seu caminho conforme a desordem cotidiana da cidade vai se instaurando aos poucos:

Eu não podia dormir.
Vesti-me. Que horas são? É madrugada.

Depois de muito hesitar,
Resolvo sair. E desço a escada.

A manhã desata os seus fulgores
Embaciada, sem brilho…
[…]
São seis horas e quarenta.

Embrulhado na minha gabardine
Desço a Calçada da Estrela
Como quem desce uma rampa
Bastante escorregadia.

O nevoeiro engrossou… – Dentro de mim
Uma saudade morre e outra floresce…
Aumenta o rumor…
– Gente que passa ligeira,
Os ardinas nos pregões
Dos jornais; uma carroça;
Uma criança no colo da mãe;
Um contingente de tropas
E uma bandeira – a mais linda!,
Como o lençol de mortalha
Onde a Pátria vai também!
[….]
O frio corta, anavalha,
Finíssimo, sem piedade;
Na Vinte e Quatro de Julho
Os operários da União Fabril
Batem com os pés no chão
Enquanto o portão não abre;
[…]
Pálidos, fumam, e tossem
Vermelhas constipações
Que acabam em pneumonia,
Tuberculose, ou em crises
De outra moléstia qualquer.
[…]
O dia sobe marralheiro e opaco,
E eu subo devagar a Rua Augusta
Para apanhar o elétrico. Rumor
De movimento. Volto para casa.
Além, a um canto do céu,
O Sol parece uma brasa
A arrefecer… Vai chover.

Rossio. Passa um enterro.
São onze horas. Três homens
Vão atrás do que vai morto.

A luz enerva, – adoece…
Que dia! Que desconforto!

Fragmento do poema “Canção musicalmente fria”
In: BOTTO, António. Poesia. Lisboa: Assírio & Alvim, 2018, pp. 431-434.

Rua Augusta, década de 1930.

“Reportagem” e “Canção musicalmente fria” apresentam narradores flâneurs que, por meio de um olhar inquieto, observador e voyeurista, analisam os passantes, os diferentes tipos sociais e suas relações com o território urbano, principalmente quando os localizam geograficamente em espaços específicos, nomeados, numa narrativa quase que cinematográfica, com quadros que se alternam e cortes abruptos de uma imagem a outra. Além disso, são sujeitos poéticos que sentem um notável desconforto consigo próprios e buscam, nas ruas e nos espaços de sociabilidade disponíveis da cidade, a solução de suas aflições. Todavia, encontram uma cidade também em desconcerto, o que gera mais incômodo e sentimentos que vão da piedade, da revolta contra as desigualdades, à impassibilidade. Esta aparente imobilidade em relação aos problemas sociais, a partir das experiências diversas observadas em áreas pobres e marginais da cidade, também vai aparecer em outro poema de O Livro do Povo, “Desacerto”:

[…]
Desço uma rampa: Estou na Fonte Santa.
Alcântara. Não vejo qualquer coisa
Que me dê uma nesga de bem-estar:
Aqui, um aleijado, e ao pé dele
Uma criança, de bruços, a chorar,
E esta mulher doente e a arremendar
Uma camisa às tiras, toda rota;
Numa corda um lençol a enxugar,
Um frango muito magro a olhar para o chão,
E o dia húmido, frio,
Um dia sem madrugada!,
– Quanta tristeza no mundo
À sombra do esquecimento
E eu sem poder intervir,
E eu sem poder dizer nada!

“Desacerto”. In: BOTTO, António. Poesia. Lisboa: Assírio & Alvim, 2018, p. 410.

Chafariz da Fonte Santa, no bairro de Prazeres. A fonte recebeu este nome por causa das propriedades medicinais de suas águas.

Apesar disso, somado aos vários problemas sociais, Lisboa também aparece como um lugar terno, principalmente pelo motivo de o poeta demonstrar uma forte simpatia pelos bairros pobres da cidade, talvez por terem sido locais que foram palco de suas memórias afetivas, como pode ser percebido no poema “Lembrança e Louvor”, mencionado anteriormente.

António Botto nasceu em Casal da Concavada, no concelho de Abrantes, e mudou-se para Alfama quando criança, o bairro mais antigo e tradicional da capital, e fez deste lugar um dos mais citados no conjunto de sua obra. Alfama vai figurar em muitos poemas, contos e até nomeará uma das peças de teatro de maior sucesso do escritor, contracenada pela primeira vez em 1933. Nessas representações do bairro, irão aparecer as ruas vazias, as casas em ruínas, as tabernas tumultuadas, as famílias pobres, a desigualdade social, mas também os elementos que dão vazão a um “verdadeiro” Portugal, solidificado por um povo forte e resistente que, apesar de todas as adversidades, consegue sobreviver e serem felizes de acordo com as suas possibilidades, com muito brio. Alfama aparece como o lugar onde as crianças brincam na rua, os homens honestos trabalham em seus ofícios, as mulheres cuidam de suas casas humildes e onde o sentido de família e o respeito ao próximo continuam sendo elementos fundamentais. No conto “Saudade ou os dois” de Regresso, livro de contos de 1949, uma das várias imagens criadas pelo escritor ao bairro, apresentado como pitoresco, é dada ao leitor e revela as contrastantes visões concebidas da localidade por Botto:

Deu volta à chave. Saiu. Todo ele tremia. Dobrou logo ali ao Largo do Salvador: velha Alfama. Velho bairro; timbre da melhor Lisboa. Riqueza desmantelada de um nobre anseio da raça. Vielas do amor violento retesado na distância que o mar fazia mais triste. Pequenas habitações. Ruelas. Pátios. Os becos! Nesgas. Tabernas. Uma Ermida. E a graça de um chafariz enfeitado de moçoilas e aguadeiros – Alfama! Ó singular pitoresco.

Trecho do conto “Saudade ou os dois”.
In: BOTTO, António. Regresso. São Paulo: Clube do Livro, 1949, p. 17.

O bairro de Alfama, o mais antigo de Lisboa, em foto da primeira metade do século XX.

Assim, é na “riquíssima Alfama que é Lisboa”, mas também em outros bairros populares, com suas “ruas encardidas/ com prédios que parecem de cartão” e seus personagens marginais que Botto irá apresentar os vários pontos divergentes, mas complementares, que formam a “Lisboa da tradição”. Pois, para o escritor, Lisboa trazia consigo a junção do moderno e do antigo, que se encontrava em cada esquina e que transparecia fortemente na capital que era formada por uma série de costumes, de práticas e de representações que ainda resistia apesar do desejo de a cidade se tornar uma metrópole contemporânea e cosmopolita na quase metade do século XX. É com o olhar crítico e triste, mas também de certo modo nostálgico e afetivo, que o imaginário poético de Botto irá se ater às ações que ocorrem na desordem das ruas, nas desmazeladas vielas e nos sombrios becos, acima de tudo por parte da população pobre sofrida, analfabeta e desprezada, mas que irá formar a cidade a qual ele conhece tão bem, em toda a sua inteireza e complexidades.

Oscar José de Paula Neto
Viviane da Silva Vasconcelos

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Fragmento do poema “Prece”. In: BOTTO, António. Ódio e Amor. Lisboa: Ática, 1947, p. 39.
O termo vem do substantivo francês ‘flanêur’, que significa ‘andarilho’, ‘ocioso’, ‘passeador’, ‘vadio’. Originalmente foi criado pelo poeta francês Charles Baudelaire (1821 – 1867) e se refere a alguém que observa a cidade ou seus arredores e experimenta um verdadeiro passeio não só fisicamente, mas também um pensamento filosófico e uma forma de ver e sentir as coisas.
O fado é um estilo musical português, geralmente cantado por uma só pessoa, o fadista, e acompanhado por uma guitarra clássica. Mais do que um gênero musical, é um símbolo da cultura e da arte portuguesa, elevado ao estatuto de Patrimônio Cultural e Imaterial da Humanidade pela UNESCO, em 2011.
Restaurante rústico que vende cafés, comidas à mesa, lanches; taberna; botequim.
Popularmente corresponde a um estado de desordem, de alvoroço ou confusão.
Navegante; marinheiro.
Navegante; marinheiro.
Cesário Verde (1855-1886) foi um importante poeta português do século XIX, sendo considerado um dos principais escritores do realismo em Portugal. Só postumamente, através do esforço de um amigo próximo, a sua única obra, O Livro de Cesário Verde, foi publicada em 1887. Vários poetas e escritores portugueses, do século XX, foram influenciados pela sua poesia, dentre eles, Fernando Pessoa.
Fragmento do poema “Prece”. In: BOTTO, António. Ódio e Amor. Lisboa: Ática, 1947, p. 177.
O ato de passear.
Meretriz; prostituta.
Peça de roupa impermeável, parecida com um sobretudo.
Menino que vende jornais, revista, papel nas ruas.
Preguiçoso; lento.
Pequena igreja.
Agradecemos ao artista plástico Gabriel AV as fotos de Covilhã.