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A Lisboa remodelada e devoluta de Manuel de Freitas

A Lisboa remodelada e devoluta de

Manuel de Freitas

Foi sempre assim: há os que esculpem versos, recorrendo a aclamadas e simiescas habilidades ou a revoltas de papelão, e existem, nas antípodas (escandalosamente ignorados), os poetas incondicionais, na urgência do seu grito, sussurro ou pranto. 

Manuel de Freitas. Ubi Sunt
Manuel de Freitas “é um poeta do seu tempo”. Como assim? Um poeta do seu tempo apresenta, tanto na temática quanto na construção poemática, o relacionamento com o seu tempo histórico. E qual é o tempo histórico de Manuel de Freitas? É o meu, o seu, o nosso. O século XXI. Ou, explicando com mais precisão, é a contemporaneidade excessiva em imagens, ruídos, virtualidade e profundamente globalizada. Isso mesmo! É neste mundo ocidental, intensamente urbano, que o poeta, assim como nós, vive e convive. Mas não faz apenas isso, é claro, pois “ao poeta, se realmente o for, nada pode ser alheio”. O que queremos dizer com isso? Simples, o poeta e a sua poética são atentos. Ao mundo, ao país, ao estado, à cidade, ao bairro, à cultura, ao hábito, às tensões, contradições e problematizações do seu/nosso tempo. Interessante, não? Manuel de Freitas, nascido em Santarém (Portugal), mas há muitos anos habitante de Lisboa, apresenta em seus poemas, para quem estiver motivado a ler, a cidade lisboeta, mas não da maneira como costumamos ver em agências ou sites da internet, que focalizam somente o turismo. Manuel de Freitas apresenta a Lisboa em fragmentos, remodelada e devoluta, atravessada por ausências e ruínas materiais e imateriais. Ficou curioso(a), não é? Quer conhecer? Está bem. Temos 24 horas disponíveis, sem contar o tempo de voo. Um dia não é o suficiente para mostrar tudo, sabemos, mas podemos percorrer um caminho que consideramos significativo. Precisamos de poucos minutos para organizar o percurso. Aproveite esse tempo para organizar a sua leitura. Você é rápido(a)! Pegou o mapa de Lisboa? Ótimo! Estamos com o livro Ubi Sunt em mãos, será o nosso mapa. Vamos!

Bem-vindos a bordo. Este é o voo 2021 com destino a Lisboa. O tempo de voo está estimado em 10 horas. Agradecemos a preferência e desejamos a todos uma boa viagem.

Figura 1: Rota de condução Brasil – Portugal
Fonte: Blog MEP – Morar em Portugal
Disponível em: https://moraremportugal.com/conheca-as-principais-empresas-brasileiras-atuantes-em-portugal/
Acesso em: 31 ago. 2021

Figura 2: Vista da cidade de Lisboa, com o rio Tejo ao fundo.
Disponível em: https://www.viajenaviagem.com/destino/lisboa/

Ufa! Demorou, mas chegamos ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Por onde vamos começar? Após 10 horas de viagem, com certeza por um café.

O AZUL, DE NOVO

à memória de Ruben Fontoura
e para o José Carlos Soares 

Por razões que eu próprio desconheço, foi este
o único café de Lisboa que se dispôs a acolher-
me. Refiro-me ao Estádio, obviamente. Fui lá
pela primeira vez à tarde, com uma espécie de
namorada cujo rasto depressa perdi. Seguiram-
se as noites, sobretudo depois da minha breve
experiência profissional no teatro da Trinda-
de (maquinista, para obedecer ao rigor, numa
peça de António Patrício). Era no tempo do ve-
lho Manel, que sempre me cumprimentou afa-
velmente. Dividia o longo salão, e o respectivo
serviço de mesas, com o também já desaparecido
António, que nunca conquistou as nossas simpa-
tias e que se mostrava bem mais intolerante no
que respeitasse a charros, por muito que os ten-
tássemos dissimular.

As noites foram-se espaçando, enquanto os meus
amigos emigravam ou iam discretamente presos.
Mas mantinha-se o encanto parado das tardes,
com a jukebox ainda funcional e as zaragatas
amorosas do Conde e da Maria Aurora; peças
gastas, como eu, daquela mobília azul. Dos co-
pos, trata agora o Ruben, enquanto passeia os
olhos pelo Record ou alterna a leitura de Dan
Brown com a de Luiz Pacheco, numa genuína
indiferença aos cânones. Foi ali, com o decorrer
dos anos, que acabei por conhecer os melhores e
os piores espíritos da minha geração.

Mas o que me inquieta, cada vez que regresso,
é a ausência escandalosa do Conde e da Maria
Aurora. Seria simples e concludente perguntar
ao Ruben o motivo dessa ausência. Receio, po-
rém, ouvir uma resposta que é demasiado fácil
adivinhar e que se mantém, afinal, a única res-
posta. 

Manuel de Freitas. Ubi Sunt
Sim, estamos nos aproximando da Rua de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto. Seja um pouco mais paciente, por favor. Você conhecerá o Café Estádio daqui a pouco. Enquanto isso, gostaria de conhecer algumas curiosidades sobre o local? Maravilha! Então… O Café Estádio, fundado em 1921, é considerado um marco importante da antiga boémia lisboeta. Durante anos, o ambiente foi frequentado por um público bastante diverso, disposto a conversar banalidades, realizar a leitura de jornais e/ou livros, ouvir músicas na jukebox… Tudo isso, é claro, enquanto desfrutavam, por exemplo, de amendoins, pregos no pão e bebidas baratas. O nível de popularidade era tão grande que, por vezes, as pessoas não encontravam cadeiras e mesas desocupadas, e terminavam encostadas ao balcão. Era realmente… Olhe! Chegamos! Mas tem alguma coisa errada. O Café Estádio está fechado. O que aconteceu? Vou perguntar ao funcionário do estabelecimento comercial mais próximo. Espere-nos aqui!

Figura 3: Uma rua do Bairro Alto.
Disponível em: https://www.guiadacidade.pt/pt/poi-bairro-alto-15432

Figura 4: Café Estádio, Lisboa, Portugal
Fonte: Site Lifecooler
Disponível em: https://lifecooler.com/artigos/estadio-lisboa/21456
Acesso em: 31 ago. 2021 

Poxa… Você não vai acreditar! O Café Estádio, em 2015, passou por um processo de modernização para atender às novas demandas da cidade e do público que o frequentava diariamente. No entanto, mesmo abrindo mão de sua forma clássica, não conseguiu sobreviver à realidade econômica do país, muito difícil naquele momento. O Café Estádio encerrou, permanentemente, as suas atividades no ano de 2017. Chegamos tarde demais… A ausência estava anunciada no poema O AZUL, DE NOVO, e, agora, é ainda mais perceptível. Como eu disse, antes de iniciar a nossa viagem, nós somos apresentado(a)s à Lisboa remodelada e devoluta. Você quer continuar? Está bem. Prosseguiremos! Podemos descer a Rua de São Pedro de Alcântara e chegar ao Largo Trindade Coelho, uma praça que compõe o centro histórico de Lisboa, na qual estão a Igreja de São Roque e a Santa Casa da Misericórdia. Sim, existe banheiro público (retretes) nessa praça. Você pode usá-lo, claro! Só peço que você não demore muito, pois precisamos continuar nosso deslocamento.

LARGO TRINDADE COELHO

para o Emanuel Jorge Botelho

Não é uma hipérbole, muito menos uma metá-
fora. O mundo seria quase habitável se houvesse
mais pessoas com a dignidade da senhora que
guarda e limpa as retretes públicas do Largo Trin-
dade Coelho. A proximidade com a instituição
homónima rebaptizou essa praça, para taxistas
e não só, como Largo da Misericórdia. Passei ali
muitas horas, entre bares e alfarrabistas (já para
não falar da Pensão Estrela d’Ouro). Foi também
o único lugar do mundo onde me cruzei com
Gustav Leonhardt.

E desci vezes sem conta até àqueles luminosos
subterrâneos, onde o cheiro a limpeza convive
com plantas discretas e viçosas. À saída, deixo vin-
te ou trinta cêntimos no cesto diminuto, pousado
junto à cadeira. E prometemo-nos saúde, felicida-
de, sabendo-os frágeis anseios – ou comentamos
o tempo, sempre mais frio ou mais quente do que
desejaríamos. Mas até essa branda melancolia
se vê rematada por um sorriso, enquanto subo
de novo ao mundo e finjo acreditar (tal como a
senhora, a quem nunca perguntei o nome) que
desempenho nele uma qualquer função. 

Manuel de Freitas. Ubi Sunt

Figura 5: Largo Trindade Coelho, Lisboa, Portugal
Fonte: Site Assembleia Municipal Lisboa
Disponível em: https://www.am-lisboa.pt/503500/1/005688,000157/index.htm
Acesso em: 31 ago. 2021

Já voltou? Foi rápido(a)! É, concordamos. O banheiro do Largo Trindade Coelho é simples, mas bem cuidado. Por que um lugar modesto recebeu destaque no poema LARGO TRINDADE COELHO? A sua pergunta é muito interessante… A cidade é um espaço físico, mas também é um espaço social. Nela são estabelecidas relações afetivas entre o sujeito e o espaço urbano e entre os sujeitos que habitam esse espaço. Infelizmente, em decorrência do automatismo presente no cotidiano citadino contemporâneo, as pessoas estão priorizando, cada vez mais, relações maquínicas, propagando a indiferença e a solidão. Esse lugar modesto, como você disse, é um dos poucos nos quais ainda podemos estabelecer uma relação afetiva, mesmo breve. Compreende? Essa é uma “cidade cada vez mais branca, dissipada e triste”. Não esqueceu nada no banheiro? Ótimo. Vamos agora para a Rua Viriato. Seguiremos pela Rua Nova da Trindade. Isso mesmo! À esquerda.

VGM

para o Tomás Oliveira Marques

Não gostaria de parecer nostálgico, mas houve
um tempo em que Lisboa me aliciava sobretudo
pelas livrarias, cafés e lojas de discos que permi-
tiam o luxo de adiar a morte. Tudo isso se per-
deu, obviamente. Lembro-me das tardes inteiras
que passava a ouvir discos na Ananana, na Con-
traverso ou na VGM, tacteando capas e descobrin-
do nomes como os de Lars Hollmer, Diamanda
Galás, Evan Lurie ou Morton Feldman. Só por
isso valia a pena vir até Lisboa, e parar entretan-
to num café ou numa taberna para antegozar os
discos que comprara.

A VGM terá sido, dos exemplos citados, aquele
que mais fidelidade me exigiu. Comecei a fre-
quentá-la ainda no Príncipe Real, e aí fiz a len-
ta mas necessária transição de Cocteau Twins a
John Adams ou Steve Reich e destes, por fim, a
Bach ou Zelenka. Tornei-me, com o passar dos
anos, um homem barroco, mais permeável à tris-
teza de alaúdes, cravos e teorbas do que ao ruído
lírico ou industrial que me acompanhara o fim
da adolescência. A culpa é de Bach, não duvido,
mas também do Tomás.

Ele soube tirar-me o retrato; perceber que con-
tratenor ou Stabat Mater melhor se adequavam
ao meu gosto musical, e conseguiu – honra lhe
seja feita – converter-me a alguns dos momen-
tos cimeiros da polifonia renascentista. E era
como estar num café, entre contínuos deslum-
bramentos e cigarros, mesmo após a passagem
para a Rua Viriato.

Foi por mero acaso que hoje lá passei, e vi a porta
aberta de mais uma loja fechada. Trouxe comigo
alguns discos em saldo e a firme certeza de que
Lisboa é hoje um deserto rudemente povoado
por quase ninguém. 

Manuel de Freitas. Ubi Sunt

Essa é a Rua São Sebastião da Pedreira. Quando virarmos à direita, estaremos na Rua Viriato. Quando ultrapassarmos o cruzamento com a Rua Andrade Corvo, chegaremos à localização da, não mais existente, loja de discos VGM – VENDEMOS O GOSTO PELA MÚSICA. Sim, a mesma citada no poema. Você está interessado(a) em saber se existe um novo estabelecimento comercial, não é? Poderá descobrir daqui a pouco.

Figura 6: Glam-O-Rama, Lisboa, Portugal
Fonte: Blog Evasões
Disponível em: https://www.evasoes.pt/local/glam-o-rama/
Acesso em: 31 ago. 2021

Chegamos! Era exatamente aqui, nesse ponto da Rua Viriato, que ficava localizada a loja de discos VGM, ambiente constantemente frequentado por apreciadores de música e colecionadores de discos. Como você pode perceber, é atualmente o endereço da Glam-O-Rama, uma loja de discos com conceito mais diversificado, que mescla a oferta de CDs e Discos de Vinil – nacionais e internacionais de avant garde, blues, eletrônica, étnica, experimental, indie, industrial, jazz, metal, punk, prog, psych e rock – com concertos artísticos e sessões de autógrafos. A Glam-O-Rama também vende produtos colecionáveis relacionados aos estilos musicais. Muito bem observado. Obrigada! É uma loja de discos diferente da VGM. Até porque não basta compartilhar uma característica comum para ambas serem a mesma coisa. Cada uma, a seu modo, conquista um público e promove um vínculo afetivo. O encerramento das atividades na VGM – VENDEMOS O GOSTO PELA MÚSICA, culminou, para algumas pessoas, na perda de mais um referencial na cidade lisboeta. É a Lisboa atravessada por ausências e ruínas materiais e imateriais… Podemos prosseguir? Está bem. Deixe-me conferir no mapa o melhor caminho para o Jardim das Amoreiras. Só um minuto! Hum… Esse aqui é perfeito. Vamos! É só virar na Rua Tomás Ribeiro e seguir pela Avenida Fontes Pereira Melo. Não é muito distante. Fique tranquilo(a)! Gostaria de escutar um pouco de música enquanto caminha? Podemos dividir o fone de ouvido com você. Não vai nos incomodar. Ok. Vou apertar o play!

JARDIM DAS AMOREIRAS

para a Inês Dias

O mundo continua no mesmo sítio, tal como este
jardim. Apenas a luz mudou, mais parecida hoje
com a dos canais de Amesterdão, ao entardecer.
E passaram, se fizermos bem as contas, catorze
anos desde os nossos primeiros e tímidos encon-
tros, a pretexto de Morandi ou do amor somente.

É estranho, mas agradável, não ser eu hoje o poe-
ta fotografado; antes o que te vê (enquanto poeta
– ou poetisa, se preferires) fotografada num
banco onde, provavelmente, já nos sentámos
juntos. A poesia serve às vezes para nos sentir-
mos um pouco mais tristes, solitários e desloca-
dos. Pois não ignora, indiferente ao olhar breve
que trocámos, a pressa com que a tarde se dissol-
ve e nós também. 

Manuel de Freitas. Ubi Sunt

O Jardim das Amoreiras é o mais antigo de Lisboa, você sabia? Pois é! Foi idealizado por Marquês de Pombal no século XVIII. Por que iniciaram a plantação de amoreiras? Bem, não foi com o objetivo de compor um jardim para passeio, isso podemos garantir. O principal objetivo era estimular a Indústria Portuguesa de Seda, desenvolvida no espaço conhecido hoje como Praça das Amoreiras. Exatamente essa em que nós estamos. A árvore amoreira, como o próprio nome indica, produz a amora. Contudo, para o setor econômico, a parte mais importante dessa árvore não é o fruto, é a folha. Sabe por quê? Porque as folhas alimentam o bicho da seda. Isso mesmo! O produtor primário da seda. Interessante, não é? E falando em amoreiras… Olhe o Jardim das Amoreiras, bem no centro da praça. Sim, atualmente é um ambiente com quiosque e parque infantil. Para atrair e agradar o público, sabe como é… Podemos sentar naquele banco vazio, em frente à fonte. O que acha? Observar o ambiente… Ler um pouco mais dessa poesia provocativa, que evidencia, por meio da memória/palavra, a ausência e a perda constante de lugares e pessoas.

Figura 8: outro aspecto do Jardim das Amoreiras.
Disponível em: https://www.weheartlisbon.com/en/parks-en/jardim-amoreiras

Nossa! O tempo passou rápido! O Sol já está começando a se pôr… Foi bom ler os poemas do livro Ubi Sunt com você. Sim, a poética do Manuel de Freitas, como você percebeu, parece fazer parte de uma conversa cotidiana, visto que apresenta, notavelmente, aspectos prosaicos e narratividade. Exatamente! Os vocábulos são, predominantemente, da oralidade urbana. Tudo isso contribui para que o sujeito consiga expressar a relação que estabelece com a cidade e com a sociedade ao seu redor. Os espaços urbanos citados ou referenciados são inúmeros, assim como os endereçamentos. O que são os endereçamentos? Isso que você chamou de dedicatória. Nós caminhamos por lugares (ou não-lugares) de significativa importância, mas o percurso feito é muito curto quando comparado ao que os demais poemas oferecem. Mas avisamos, antes do início da viagem, que não teríamos tempo suficiente para efetivarmos um deslocamento completo. No entanto, você pode, posteriormente, realizar novos percursos com o auxílio do livro. E do mapa, é claro. Não pode ficar perdido(a)! Lisboa é mencionada e problematizada, mas os arredores da cidade também são. Isso mesmo! Há mais páginas / paisagens para percorrer. Podemos ir para o Aeroporto Humberto Delgado? Está quase na hora de pegar o voo de volta ao Brasil. Está cansado(a) de andar? Tudo bem, tudo bem. Vamos de táxi!

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É uma instituição católica, sem fins lucrativos, que auxilia enfermos, inválidos e recém nascidos abandonados.
Construída no século XVI, é a primeira igreja da Companhia de Jesus em Portugal. A Igreja de São Roque foi um dos raros edifícios em Lisboa a sobreviver ao Terremoto de 1755.
É um sanduíche português composto por pão e carne grelhada ou frita.
É um aparelho eletrônico, acionado por moedas, que tem a função de tocar as músicas escolhidas pelas pessoas. As músicas precisam, contudo, fazer parte do catálogo disponibilizado.

FREITAS, Manuel de. Ubi Sunt (edição brasileira). Juiz de Fora: Macondo, 2019, p. 15-16.

Os poemas transcritos são em prosa. Conservamos os cortes das frases como aparecem nas páginas dessa edição brasileira.
O título desse livro é uma expressão latina muito usada em poemas medievais, retirada da frase “Ubi sunt qui ante nos fuerunt?” ( Onde estão aqueles que foram antes de nós?) .Trata-se de um livro de poesia sobre memórias de pessoas e de lugares.

FREITAS, Manuel de. Ubi Sunt (edição brasileira). Juiz de Fora: Macondo, 2019, p. 40-41.

MAROVATTO, Mariano. Manuel de Freitas e a firme certeza de que Lisboa é hoje um deserto rudemente povoado por ninguém. Posfácio. In: FREITAS, Manuel de. Ubi Sunt (edição brasileira). Juiz de Fora: Macondo, 2019, p. 79.

FREITAS, Manuel de. Ubi Sunt (edição brasileira). Juiz de Fora: Macondo, 2019, p. 40.

Agradecemos ao artista plástico Gabriel AV as fotos de Covilhã.